…porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira… – João 8:44
Nirgali estava parado, perdido em seus próprios pensamentos, em dúvida sobre o que deveria fazer. Sentia que deveria tomar uma ação, mas e se essa ação fosse contra uma ordem direta do Criador?
A propósito, onde estava o criador? Havia sumido a tanto tempo que muitos já comentavam que ele havia abandonado seus filhos à própria sorte.
Ficou imerso a um turbilhão de pensamentos enquanto bloqueava a passagem de seu irmão Lúcifer, que estava bem à sua frente com intenção de entrar no Jardim, o jardim que Nirgali tinha como missão proteger a entrada.
— Deixe-me entrar no Jardim Nirgali. Preciso de um dos frutos da Árvore – Disse Lúcifer se dirigindo a ele com sua autoridade hierárquica.
— Mas é verdade? Nosso Irmão Agnos morreu em batalha? – Nirgali ainda estava incrédulo com o que acabara de ouvir.
— Infelizmente sim Nirgali, recebemos a notícia diretamente de outro irmão que estava em missão com o Agnos quando foram emboscados. Ele por pouco não sobreviveu ao ataque, conseguiu retornar para nos trazer a infeliz notícia.
Nirgali ficou sem ação, primeiro o sumiço do criador, agora a morte de Agnos, tudo parecia estar entrando em um caos profundo.
— Se o Criador estivesse aqui, a reposição já teria sido feita. Um dos frutos já teria sido colhido e teríamos um novo irmão para completar a família, no lugar do Agnos que foi morto cruelmente.. – Disse Lúcifer, com o seu olhar sempre centrado, seus olhos vermelhos como chamas. Seus cabelos ruivos alaranjados, balançados pelo vento pareciam chamas quando um vento forte bate e ao invés de apagar as chamas só se movimentam com mais força.
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As intenções de Lúcifer pareciam fazer sentido, mas os frutos da árvore da vida não deveriam ser utilizados por ninguém, além do Criador. Não existia precedentes de alguém além Dele que tenha colhido os frutos da própria árvore.
— Entendo seu ponto de vista Lúcifer, mas não posso ir contra um dos mandamentos. Não posso tomar um dos frutos da Árvore para criar um ser vivente, pois está escrito: “Não darás vida a nenhuma criatura. Conceder o dom da vida, cabe apenas ao criador”
— O criador não está mais entre nós, nos abandonou, nossa família já está sem liderança, a morte de Agnos foi consequência disso. Pois bem, como primogênito dentre os Querubins, primogênito das criaturas celestes, primogênito dentre toda a criação, e sendo o Arcanjo chefe dos demais anjos, Querubim da Guarda, tomo essa responsabilidade sobre os meus ombros. O criador sumiu a muito tempo. Te ordeno agora que me dê passagem até o jardim. Colherei o fruto, e farei surgir um novo anjo.
A angústia crescia dentro de Nirgali, outra coisa que até recentemente também não havia precedentes era a morte de um Celeste. Os celestes são uma raça com uma grande variação de seres que existem para realizar os desígnios do Criador, mas em geral, são todos conhecidos popularmente como anjos. Era sabido que os Anjos poderiam morrer, mas isso era quase impossível, era tratado como lenda, nenhum Anjo nunca havia sofrido algum dano mortal, tanto que desde a sua criação o número de anjos sempre esteve inalterado. Quando estavam em campanha, os anjos podiam se ferir, mas ao voltar ao Empíreo, com o devido tempo os ferimentos se curavam.
Diante desses acontecimentos recentes, a proposta de Lúcifer fazia sentido. Colher um dos frutos da Árvore e criar um novo Anjo para completar em número a família angelical.
Nirgali sabia que não deveria abrir passagem nem mesmo para Lúcifer, o Arcanjo, pois sua missão era proteger a entrada do Jardim, guardar o berço da criação, mas em seu íntimo ele compartilhava da mesma ideia dele. O Criador já se ausentou por tempo demais, desde que sumiu sem avisar ninguém. Lúcifer que já era desde o princípio o comandante das forças celestiais, era o mais indicado para assumir a liderança, pois detinha o respeito de praticamente todos os anjos, ele era o Orgulho angelical em pessoa, o próprio Criador o instituiu em seu resplendor, além dele comandar diretamente a terça parte dos anjos. Talvez não fosse assim uma transgressão permitir a passagem de Lúcifer até a árvore da vida.
— Tudo bem Lúcifer, te acompanharei até a árvore, e te permitirei pegar apenas um dos frutos. Abrirei o portal que está sob os meus cuidados para te levar até o Jardim.
Abriu passagem para Lúcifer, e o acompanhou até o lago. Enquanto caminhavam se perguntava se estava fazendo realmente o certo. Ele tinha uma missão, como querubim angelical, sua missão era guardar as coisas santas, e ficou responsável em proteger a entrada do Jardim, desde que foi incumbido desta missão, só abria a passagem na presença do próprio Criador. Mas os tempos eram outros, um anjo havia acabado de morrer, os seres angelicais estavam dispersos sem saber o que fazer, e diante de todo aquele alvoroço precisavam de uma liderança, e Lúcifer como arcanjo tinha a autoridade necessária para guiar os demais, sendo o primogênito de toda a criação seria a escolha natural para guiar os anjos nestes tempos de crise.
Caminharam até o lago de águas calmas, pois precisavam de uma superfície refletora para que o portal fosse aberto. Nirgali encostou sua mão direita na água, invocou a sua graça, e runas verdes em formato circular apareceram na superfície da água, como fachos de luz. Neste momento uma imagem se formou no centro das runas, e foi possível ver um lindo jardim do outro lado, não um jardim qualquer, mas O Jardim…
Nirgali e Lúcifer passaram pelo portal, e em seguida adentraram pelos portões do Jardim, seguindo pelo caminho principal. Mesmo para ele, que frequentemente fazia aquele caminho, o vislumbre da paisagem era espetacular. A variedade da vegetação era impressionante, praticamente todos os tipos de plantas e árvores existentes em toda a criação podiam ser encontrados aqui. No Jardim, a vegetação crescia exuberante, e os animais que ali viviam tinham abundância em alimentos. Por não haver escassez, vegetais e animais se desenvolviam plenamente, chegando aos tamanhos máximos determinados para suas espécies.
Após percorrerem um longo caminho até uma clareira, passaram por uma árvore de características únicas. Um calmo riacho que vinha do norte, dividia-se em duas vertentes ao redor da árvore, e voltava a se tornar um só após ela. A forma da árvore era excepcional, suas raízes derivavam de seu tronco com um espaçamento regular entre si, todas com o mesmo comprimento. De seu pequeno tronco derivavam 5 caules com as mesmas dimensões e espaçamentos entre si, em formato circular, mas com leves entradas formando pequenos semicírculos que iam se intercalando e se deslocando para o lado à medida que você olhava a partir da base em direção ao alto, a sensação é que se moviam em espiral. Suas folhas abundantes eram de apenas duas cores, verdes ou marrons, percebia-se claramente que não existia variação nos tons das cores, todas as folhas verdes eram idênticas em cor entre si, o mesmo valia para as marrons. As suas folhas possuíam um formato geométrico, muito semelhante a cristais de gelo, mas do tamanho de uma palma de mão. A sua copa formava um semicírculo, onde por baixo era possível ver os galhos que o compunham, e por cima só se via as folhagens. Os frutos tinham um formato esférico perfeito, sem irregularidades de cor avermelhada, constituída por diversos gomos de formato hexagonal.
Esta era a Árvore do conhecimento, seu fruto permite que os seres que dela comessem, criassem consciência, racionalidade e senso moral, possibilitando que os mesmos possam agir a partir da razão, e não só em função de sua natureza, além da capacidade de medir a consequência de seus atos.
Passaram pela árvore do conhecimento, e seguiram adentrando no bosque, a vegetação parecia ficar mais densa à medida que caminhavam.
— Você sabe que apenas o fruto não é suficiente para criar uma vida, não é? O fruto é a energia bruta e essencial para a criação, mas ela precisa ser canalizada corretamente. – Disse Nirgali.
— Eu sei, e sei que você sabe como canalizar a energia da maneira necessária para se criar um anjo.
— Sei sim Lúcifer, os segredos sobre a vida e a morte me foram confiados pelo criador, estive ao lado do criador na concepção de cada ser vivente, com exceção apenas de você, que foi o primogênito da criação e veio antes de mim. Porém mesmo tendo o conhecimento necessário, não tenho graça suficiente para criar um anjo, é preciso muito poder para canalizar a essência do fruto e criar um ser superior como um anjo, e ainda mais importante que isso, não temos permissão de criar vida, e eu não ousaria ir contra um dos mandamentos. Te permiti vir até aqui e colher um dos frutos porque sinceramente compartilho do seu desejo de reparar a família, e sei que como um dos 3 grandes, você com certeza têm o poder para fazer algo assim. Mas não tenho interesse em enfrentar a ira do Criador por quebrar um dos mandamentos.
— Mas como guardião do Jardim, me permitindo entrar você não acha que já está transgredindo a lei?
— Não vejo como transgressão. Você é o nosso primeiro em comando. Você e o Miguel, são os mais próximos do Criador, você como principal estrategista em batalha, e o Miguel como a linha de frente das forças celestiais. Se o Criador confiou em vocês, colocando-os na posição em que estão, eu só posso aceitar e seguí-los. Além do mais, vejo como minha missão proteger o Jardim dos outros, não da família. Porém, ir contra um dos quatro mandamentos, é uma desobediência direta, e isso não farei.
— Compreendo seu ponto de vista Nirgali. Não vou exigir isso de você. Eu me antecipei, imaginando que você teria dificuldades em transgredir um mandamento do Criador. Eu estou preparado para canalizar a energia do fruto e criar um novo anjo.
— O fruto é a energia bruta necessária, você com certeza possui o poder para moldar essa energia bruta, porém ainda faltam dois ingredientes nesse processo, falta o conhecimento para canalizar a energia do fruto, e o conhecimento de como moldar essa energia, sem o conhecimento adequado desses dois fatores o resultado da sua criação pode ser qualquer coisa, menos um anjo.
— Verdade, mas antes de procurar você eu obtive o conhecimento necessário para realizar o procedimento.
— Como assim você obteve o conhecimento? – Se surpreendeu Nirgali. – Da mesma maneira que a guarda dos frutos foi atribuída apenas a mim, o conhecimento do procedimento de moldagem de vida foi repassado para apenas uma pessoa. Além de mim, apenas outro anjo participa dos ritos de criação.
— Pois é, ela mesmo. Mavia me ensinou a canalizar o fruto e como moldá-lo, claro, de forma teórica.
— Nunca imaginei que ela pudesse compartilhar o conhecimento dela com alguém. Ela conhece segredos que a maioria dos anjos desconhece. Ela trata conhecimento como poder, e não têm o hábito de dividir seu poder com ninguém. Ela não faz nada sem uma contrapartida, sem um objetivo em mente, sua astúcia muitas vezes é vista com desconfiança por muitos. Com certeza ela te passou esse conhecimento pensando em se beneficiar de alguma forma. – disse Nirgali.
— Com certeza, ela tem um objetivo, vai ser a primeira vez que uma criatura cria uma outra, e o resultado disso é algo que ela nunca viu, ela não perderia a oportunidade de desvendar esse mistério. – Disse Lúcifer
Neste momento avistaram a imponente Árvore da Vida, e perceberam que havia alguém ao seu lado.
— Oi Nirgali.. – Disse quem estava ao lado da árvore.
Nirgali viu aquela figura feminina, de estatura baixa e corpo magro. Aqueles cabelos longos ruivos eram inconfundíveis.
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— Mavia? Mas como …? Como você entrou aqui? – Ficou surpreso Nirgali.
— Da mesma maneira que você, através de um portal – Falou Marvia com um sorriso meio zombeteiro.
— Impossível, só eu posso abrir o portal entre o Empíreo e o Jardim – disse Nirgali.
— O portal entre o Empíreo e o Jardim sim, só você tem acesso. Mas eu cheguei aqui a partir de outro portal, não de Empíreo…. – Falou Mavia como se estivesse se divertindo por saber de algo que Nirgali não sabia.
— A sua curiosidade não tem limites Mavia. Se você sabia como entrar aqui, por quê me deixou ir falar com o Nirgali? – Perguntou Lúcifer a Mavia.
— O portal que me trouxe aqui é instável, é uma técnica que ainda estou aprimorando, e não tenho graça suficiente pra passar mais alguém além de mim por dentro dele, ainda mais alguém com tanto poder como você Lúcifer, seria como tentar equilibrar uma árvore sobre uma folha de grama. Outra coisa sobre esse portal experimental, um erro e posso ficar perdida entre os planos pela eternidade. Contudo não podia deixar de vir aqui ver o que vai acontecer hoje. A curiosidade estava me matando.
— Como sempre, cheia de segredos você, Mavia. – Nirgali olhou para Lúcifer como que confirmando o que havia dito anteriormente. Ficou intrigado em como ela teve acesso ao Jardim, ela deveria ter aberto um portal a partir de outro plano, mas de qual plano seria? De toda forma isso poderia vir a ser um problema, se existir um outro acesso ao jardim ele precisava saber, era o seu dever. Interrogaria Mavia assim que tivesse uma oportunidade.
— Vamos finalizar logo o que viemos fazer aqui. – Disse Lúcifer.
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Todos caminharam em direção à Árvore da Vida. Ela era sem dúvidas a maior árvore no Jardim, sua copa ultrapassava com folga as árvores mais altas. O diâmetro do seu tronco era extremamente largo, se 20 anjos dessem as mãos ao redor dela ainda assim não conseguiriam dar a volta completa em seu tronco.
Diferente da árvore do conhecimento que era totalmente simétrica em seu formato, a árvore da vida tinha um crescimento totalmente irregular para os lados, como se nada a controlasse, se estendendo em todas as direções. De seus galhos desciam alguns ramos como cipós pendurados nos galhos mais altos até quase tocar o solo, e dos cipós várias folhas emergiam. Nas pontas dos cipós brotavam flores de um azul escuro, e no miolo de cada flor era possível encontrar um fruto azul claro cintilante, como um brilho de uma pequena estrela, do tamanho de um punho fechado.
— Pronto, eis a árvore. Pode colher um dos frutos – Disse Nirgali.
Lúcifer caminhou até um ramo caído da árvore, e arrancou um fruto de uma das flores. O fruto era reluzente em sua mão, refletindo leves fachos de luz azul claro. Ele então se afastou lentamente até um pouco longe da árvore, agachou-se e com o dedo desenhou algumas runas em círculo no chão. Colocou o fruto no centro do círculo e ficou de pé.
— Você tem certeza que vai conseguir fazer? – Perguntou Mavia.
— Irei. – Falou Lúcifer.
Observou Lúcifer invocando a sua graça, o brilho era muito forte, a ponto de ofuscar os olhos, por isso ele era conhecido como a estrela da manhã, sua graça era uma das mais fortes dentre os anjos. A graça era o que media o poder dos anjos, era a quantidade de energia disponível para um anjo utilizar os seus poderes, os anjos possuíam diversos poderes, e a graça era como o combustível necessário para utilizá-los, e quanto mais forte o poder utilizado, maior a quantidade de graça necessária para invocá-lo. Não bastava só saber o procedimento necessário para criar uma vida, era necessário ter uma grande quantidade de graça para utilizar um poder assim, só um Querubim ou talvez um Serafim, tivessem um poder próximo do necessário para algo desse tipo.
Nirgali começou a pensar, Mavia com todo o seu conhecimento podia saber o procedimento necessário para se criar uma vida, mas não tinha o poder necessário para canalizar a energia do fruto, agora fazia sentido ela ter compartilhado esse conhecimento com Lúcifer, era necessário muito poder para canalizar algo assim.
De repente começou a sentir o solo embaixo de seus pés tremendo, o que era uma reação esperada quando se cria um ser com grande poder espiritual, por exemplo seres como os celestes, mas a familiaridade do processo terminou aí, quando o solo começou a rachar, olhou as runas ao redor do fruto brilharem intensamente, primeiro como uma ofuscante luz branca, depois um brilho mais suave amarelado, passando por vermelho chama, até se extinguir em uma forte explosão, deixando uma quantidade enorme de fumaça no ar. Seria aquilo um efeito colateral do procedimento estar sendo realizado por outro ser que não o criador?
Nirgali olhou para Lúcifer, e ficou surpreso, mesmo com tanta energia gasta ele parecia não estar esgotado. A fumaça começou a se dissipar, e a medida que ela se aproximava foi possível sentir seu cheiro, o odor forte era estranhamente conhecido, mas ele não conseguia lembrar de onde tinha sentido esse cheiro antes, parecia de alguma memória a muitíssimo tempo esquecida. A medida que a fumaça se extinguiu, começou a ver que no centro das runas havia agora um cratera no solo, de onde irradiavam as rachaduras no solo que ele viu se formar, percebeu também que toda a grama que estava no local agora estava queimada, ou já em cinzas, viu uma criatura no centro das runas em círculo.
— O que é isso que você fez? Você disse que ia criar um anjo. Isso não é um anjo. – Disse espantado Nirgali. – Dá pra sentir que este ser não possui a graça de um anjo, muito pelo contrário, esse cheiro que ele exala é pútrido, como de um ser em decomposição, chamar isso de Anjo seria uma Mentira!!
Caído no centro das runas, havia um ser com uma aparência feminina, até então muito semelhante a um anjo, pele clara, cabelos longos e pretos como o ébano, mas em suas costas havia uma enorme estrutura arqueada, articulada, como asas. A medida que o ser aparentava tentar se levantar era nítido que realmente eram asas em suas costas. Asas escuras, revestidas com uma fina membrana elástica, totalmente escura, parecia até que a própria luz se perdia na escuridão delas. Os olhos da criatura eram também profundamente negros.
— Acho que você não entendeu direito Nirgali, eu disse que criaria um “novo anjo”. – Falou Lúcifer com um sorriso no rosto. – Até então eu não tinha pensado em um nome para esta minha criança, serei para ela um pai, e ela será para mim uma filha. Gostei da sua sugestão, vou batizá-la de Mentira.
Neste momento, a criatura olhou fixamente para Lúcifer, como se tivesse aceitado o nome recém recebido.
Nirgali percebeu o sorriso no rosto de Lúcifer. Ele parecia estar orgulhoso, pensou que talvez ele estivesse se sentindo igual ao criador, de repente lembrou de onde conhecia o odor forte da fumaça que estava sentindo… era enxofre….
Veja mais em: O Conhecimento sem limites: Memorias de luz e trevas
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