RPG Rio 1710: Explore o RJ Colonial

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Em novembro de 2024, os entusiastas de RPG de mesa e apaixonados por história receberam uma obra única: Rio 1710 – Um Jogo de Interpretação. Lançado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), este livro de jogo é uma viagem ao coração do Rio colonial, permitindo aos jogadores vivenciarem os desafios e aventuras do início do século XVIII.

Através do recurso imersivo do RPG, a experiência de conhecer a cidade se torna um divertido momento entre amigos, que também contribui para o desenvolvimento social e intelectual dos participantes, podendo ser usado
como importante ferramenta para a educação de jovens e adultos.

Laura Di Blasi, presidente do IRPH

Uma Viagem Fantástica e Educativa ao Rio de Janeiro do Século XVIII

Rio 1710 transporta os jogadores para o período em que a cidade do Rio de Janeiro estava em franca transformação, motivada pela descoberta do ouro em Minas Gerais. A cidade, então uma vila de média importância, se consolidava como o principal porto da colônia portuguesa, atraindo comerciantes, aventureiros e, claro, ameaças externas, como os corsários franceses.

O jogo não se limita a reproduzir os fatos históricos de forma literal. Em vez disso, utiliza a rica iconografia e pesquisa para criar um cenário plausível e imaginativo, onde os jogadores podem explorar construções históricas, interagir com personagens reais e fictícios e traçar novas aventuras. O resultado é uma experiência imersiva que combina conhecimento histórico com criatividade ilimitada.

Ao apresentar o Rio de Janeiro de 1710 como um jogo de RPG, a intenção não é estabelecer uma representação histórica perfeitamente fiel, mas um cenário aproximado, aberto à imaginação. Aos lugares, fatos e personagens
reais gravados nas fontes pesquisadas, são adicionados outros que, se não existiram, são plausíveis e imagináveis, que ganham vida com a interpretação dos jogadores.

Rafael R. Koury, o autor

A quem se destina esse jogo?

Rio 1710 – Um Jogo de Interpretação apresenta temas históricos sensíveis do Rio colonial, como violência e escravização, sendo indicado para maiores de 16 anos. O jogo oferece uma experiência imersiva e educativa, permitindo ajustes para públicos específicos em contextos pedagógicos. Com liberdade narrativa, o RPG exige responsabilidade do narrador para conduzir a história de forma respeitosa e adequada. Ideal para lazer ou aprendizado, Rio 1710 combina diversão e reflexões sobre a história.

Elementos do Jogo

No âmbito mecânico, Rio 1710 apresenta seis atributos principais (físicos e mentais) que influenciam as ações dos personagens. Os jogadores realizam testes com dois dados (2d6) para superar os desafios propostos pelo narrador. Resultados de 2 nos dados representam erros críticos, enquanto um 12 é considerado um sucesso extraordinário.

Além disso, o sistema incorpora aptidões e deméritos, que personalizam ainda mais os personagens, e um bestiário com criaturas da fauna brasileira, como a onça-pintada e o sapo ponta-de-flecha. O livro também oferece ideias de aventuras para ambientar as sessões, como o ataque de corsário francês François Du Clerc e o mistério de um navio fantasma.

Educação e Lazer

Uma das características mais notáveis de Rio 1710 é sua flexibilidade. Além de ser uma ferramenta de lazer, o jogo pode ser utilizado como recurso pedagógico. Ao vivenciar o cenário do Rio colonial, os participantes aprendem sobre a história, cultura e geografias locais de forma lúdica e interativa. Isso o torna ideal tanto para encontros entre amigos quanto para aplicações educacionais em salas de aula.

Produção e Patrocínio

A obra é fruto do trabalho do IRPH e foi patrocinada pela Prefeitura do Rio, com o objetivo de promover o patrimônio cultural carioca e valorizar a história da cidade. O autor do livro, Rafael Ramos Koury, utilizou sua experiência como narrador e jogador de RPG, bem como seu fascínio pela história do Rio de Janeiro, para conceber um cenário detalhado e envolvente.

Alfredo Nader Neto, co-criador do sistema de regras, trouxe sua expertise em RPG para desenvolver um sistema acessível, utilizando apenas três dados de seis faces (d6). A mecânica é simples, mas oferece grande diversidade de personagens e ações, tornando o jogo apropriado para iniciantes e veteranos.

O projeto conta ainda com ilustrações de Bernardo Domingos e revisão de uma equipe talentosa, incluindo Henrique Fonseca, Flávia Abranches e Juliana Oakim. As imagens e descrições criam um verdadeiro retrato da paisagem urbana e cultural do Rio de Janeiro setecentista.

Disponibilidade

O lançamento de Rio 1710 aconteceu em um evento na Praça XV, que reuniu o autor, Rafael Koury, e a presidente do IRPH, Laura Di Blasi. O evento contou com sorteios de cópias impressas, mesas de criação de personagens e até uma exposição arqueológica. Também estiveram presentes especialistas como Luis Ricon, que discutiu o uso do RPG como ferramenta educacional.

A melhor parte? Rio 1710 está disponível gratuitamente para leitura e impressão. Você pode baixar o livro diretamente do site oficial do IRPH e iniciar sua jornada pelo Rio colonial agora mesmo.

Rumo ao Rio de 1710

Com Rio 1710 – Um Jogo de Interpretação, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade entrega uma obra que é muito mais do que um jogo. É uma celebração da cultura e história carioca, uma ferramenta educacional e um convite à imaginação. Empunhe sua espada, role os dados e explore as raízes do Rio de Janeiro em um cenário repleto de aventuras e descobertas.

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